sexta-feira, 22 de abril de 2011

Silvio Caldas


O caboclinho querido


Seu primeiro registro em disco, de forma ainda amadora foi na Brunswik com o samba Quando o Príncipe chegar, em homenagem ao Príncipe de Gales, Duque de Windsor, em visita ao Brasil. Seu primeiro disco comercial deu-se em 1930 na Victor, com Amoroso, samba de sua autoria. Em 1931 participou da revista musical da Companhia Margarida Max, Brasil do amor cantando Faceira, de Ary Barroso, seu primeiro grande sucesso, onde na noite de 14 de maio de 1931 teve de bisá-la 8 vezes.

Como ator, trabalhou em várias peças como: Ri de palhaço, de Marques Porto e Paulo Orlando. Fez ainda parte do elenco nos filmes Favela dos meus amores, de 1935 (onde foi o Zé Carioca), Carioca Maravilhosa, de 1935 produzido Sebastião Santos e Luz dos meus olhos, de 1947 dirigido por José Carlos Burle.

Os apelidos que ganhou em sua trajetória artística foram "Rouxinol da Família Ideal", "O Cantor que Valoriza as Palavras", "Silvinho", "Poeta da Voz", "Seresteiro", "Caboclinho Querido", dado por César Ladeira, "A Voz Morena da Cidade", dado por Cristóvão de Alencar, ou simplesmente "Titio".

Com versos de Sebastião Fonseca de 1937, Sílvio lançou em 1951 a sua Violões em funeral, em homenagem a Noel Rosa. Em 1952 lançou pela Sinter a canção Silêncio do cantor, de Joubert de Carvalho e David Nasser, em homenagem a Francisco Alves, que em setembro daquele ano falecera, vítima de um trágico acidente automobilístico.

A partir de 1954 passou a gravar pela Columbia (mais tarde CBS e hoje Sony Music), recém-inaugurada em São Paulo. Em 1956 apresentou o programa Os Degraus da Glória, na Rádio Gazeta paulistana. Ainda na capital paulista, na TV Record, apresentou um programa semanal exclusivamente seu.
Parou de gravar no final da década de 70, mas sempre foi convidado a apresentar-se em espetáculos, adiando assim a sua despedida dos palcos. Em 1995, com 87 anos, Sílvio Caldas se apresentou em São Paulo no Sesc Pompéia, ao lado de Doris Monteiro, Miltinho, Noite Ilustrada e o Trovadores Urbanos, relembrando grandes sucessos da Música Popular Brasileira que, por sinal, ajudou a imortalizar.


Dono de uma saúde extraordinária, Sílvio Caldas foi o cantor de mais longa atividade na MPB. Infelizmente, no seu último ano da vida, o cantor sofreu crises de depressão e anorexia, falecendo por insuficiência cardiorrespiratória  no dia 3/2/1998, em Atibaia/SP.

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