sexta-feira, 22 de abril de 2011

NOITE CHEIA DE ESTRELAS
(Cândido das Neves)

Noite alta, céu risonho,
a quietude é quase um sonho...
O luar cai sobre a mata,
qual uma chuva de prata
de raríssimo esplendor.
Só tu dormes, não escutas o teu cantor
revelando a lua airosa
a história dolorosa deste amor.
Lua, manda a tua luz prateada
despertar a minha amada!
Quero matar os meus desejos,
sufocá-la com meus beijos...
Canto, e a mulher que eu amo tanto
não me escuta, está dormindo.
Canto e, por fim,
nem a lua tem pena de mim,
pois, ao ver que quem te chama sou eu,
entre a neblina se escondeu.
Lá no alto a lua esquiva
está no céu tão pensativa...
As estrelas tão serenas,
qual dilúvio de falenas,
andam tontas ao luar...
Todo o astral ficou silente
para escutar
o teu nome esntre as endechas
e as dolorosas queixas
ao luar!
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário